31 de dezembro de 2008

Nilson Lima torce pelo governo de Sergipe e aponta novos rumos

Deu em grande jornal de circulação que o suplente de deputado federal pelo PT, Nilson Lima, parece não ter recebido a notícia da sua exoneração da Secretaria de Estado da Fazenda como um golpe do governador Marcelo Déda (PT) – como alguns setores da mídia passaram para a sociedade. Aparentando tranqüilidade, o ex-secretário comentou ontem o episódio, e evitou polemizar. Preferiu assegurar que, nos últimos dois anos, cumpriu o seu papel à frente da Secretaria da Fazenda, recuperando a regularidade fiscal, e potencializando a receita do Estado. Sobre o seu futuro, Nilson adiantou que, no dia 2 de janeiro, estará de volta à Receita Federal e, no momento certo, colocará seu nome à disposição do PT para voltar a disputar uma vaga na Câmara Federal. 

Nilson lembrou que teve 34.850 mil votos, quando disputou uma vaga na Câmara Federal, em 2006. “Numa campanha limpa. Debatendo. Tive voto de formadores de opinião. Voto livre e consciente. Vou colocar meu nome no momento certo, para o partido avaliar a minha disposição para disputar um mandato de deputado federal”, disse. Segundo ele, o cargo de secretário de Estado é de confiança, e o governador tem total liberdade para nomear e exonerar. “Torço para que tudo corra bem com o governo. A secretaria está saneada. Todos os contratos estão regularizados. Tudo tranqüilo. Quero que dê certo porque a população ganha. Além disso, o governador faz parte do mesmo partido que eu desde 1982, e vamos continuar militando dentro do partido e defendendo as mesmas coisas”, disse. 

Segundo Nilson Lima, não houve convite por parte do prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) para que ele voltasse a fazer parte do secretariado municipal. Apesar disso, Nilson Lima ratificou que seu pensamento agora está na Receita Federal e que não tem pré-disposição de voltar a ocupar um cargo de ordenador de despesa. “Acho que temos que andar para frente. Não gosto de andar olhando para o retrovisor. Gosto de olhar para o futuro. Foi uma honra servir o prefeito Marcelo Déda na prefeitura por cinco anos e três meses. Mas só posso exercer uma função pública, além da que exerço por ter sido aprovado em concurso público, se o povo, através de uma eleição, me der um mandato”, garantiu.

O agora ex-secretário da Fazenda, Nilson Lima (PT), diz que Déda é lider por talento. Mais aliviado da tensão provocada pelo episódio de sua exoneração do cargo, ele disse que vai continuar no Partido dos Trabalhadores (PT) e submeter sua candidatura a deputado federal pela legenda em 2010.

A única mudança – segundo revelou para o amigo – é que deixa a tendência Articulação, a qual seguia desde 1982, ao lado do governador Marcelo Déda: “não tenho mais corrente dentro do partido. Passo a atuar de forma independente”. Nilson tende a não se filiar nenhuma outra corrente partidária.

Ao amigo, Nilson Lima confidenciou que também tem um carinho especial e pessoal por Marcelo Déda – “os sentimentos não se perdem em discussões políticas ou administrativas – mas considerou que “o governador não precisa tentar justificar o afastamento de um dos seus auxiliares, porque o cargo é dele e só ele pode fazer isso, já que utiliza a caneta e tem a força do Diário Oficial”.

Abelhinhas – Nilson Lima considerou que Déda hoje é um líder político graças ao seu talento e capacidade de aglutinar pessoas: “mas também por causa das abelhinhas que sempre estiveram ao seu redor, ajudando a vencer obstáculos e a chegar a prefeito e a governador”. Além das abelhinhas, tantas outras pessoas que o ajudaram no anonimato: “ninguém é líder sozinho, nem de si mesmo”, lembrou.

Nilson avaliou que as conversas com o governador Marcelo Déda estavam indo muito bem, quando se falava na convocação de um deputado federal para secretário de Estado, a fim dele [Nilson] assumir uma vaga na Câmara Federal: “a coisa complicou quando entrou a Sudene no percurso”. Ir para a Sudene seria tirá-lo de suas bases políticas e da candidatura a deputado federal, coisa que o ex-secretário não abre mão.

Problemas – Nilson Lima disse ao amigo que vê dois problemas para ter sido afastado da equipe: primeiro por ter apoiado o Vado de Gago (PT) em Pirambu até as convenções e não ter ido lá durante a campanha, em que o governador apoiava José Nilton (PMDB). O outro foi em Itabaianinha, em que ele apoiou Piranha (PSB), contra o candidato de Déda. Nilson lembrou que havia a determinação de que nenhum secretário poderia apoiar um nome que não fosse de preferência do governador.

O ex-secretário da Fazenda revelou que “o governador Marcelo Déda tem dificuldades de conversar com as pessoas sobre determinadas posições, mas não revela. Eu mesmo não sabia disso. O pior é que ele guardou todas as mágoas para agir no final do ano”. Um detalhe: o episódio do Sebrae, em que Nilson apoiou a reeleição de Zezinho Guimarães para o Sebrae, não influenciou na decisão.

Nilson Lima ficou impressionado com a solidariedade que recebeu de centenas de pessoas, através de telefonemas, e-mails e contatos pessoais. Todos os seus aliados disseram que para onde ele for “todos nós iremos”. Nilson lembrou que é um profissional, um técnico e que cumpriu sua missão com seriedade quando ocupou cargos na Secretaria das Finanças, no município, e da Secretaria da Fazenda, no Estado: “Sergipe teve avanços significativos no período em que estivemos à frente dessas Pastas”, concluiu.


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