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3 de setembro de 2012

SAÚDE EM ARACAJU: CANDIDATOS RESPONDEM 10 PERGUNTAS

ELEIÇÕES 2012
SAÚDE EM ARACAJU: CANDIDATOS RESPONDEM 10 PERGUNTAS
O tema desta semana com os candidatos a prefeito de Aracaju é a área da saúde. Os candidatos Almeida Lima (PPS) e João Alves (DEM) não enviaram as respostas. Detalhe: as perguntas estão sendo enviadas com sete dias de antecedência. Confira as respostas de Reynaldo Nunes (PV), Valadares Filho (PSB) e Vera Lúcia (PSTU):
1 - Como pretende eliminar ou ao menos diminuir as filas de atendimentos nos hospitais e postos de saúde da capital?
Reynaldo Nunes (PV) - Aumentando o número de profissionais de saúde através de concurso público e pelo sistema de agendamento, via internet para consultas eletivas, separando vagas para os atendimentos de urgência e emergências. Para diminuir filas na Rede Hospitalar faz-se necessário o fortalecimento das Unidades de Saúde Básica, que são responsáveis pelo "primeiro atendimento", nos casos de baixa complexidade. Nossa ação inclui analisar a rede Hospitalar, com aproveitamento melhor da já existente e seu crescimento fora do centro da cidade, nos casos de média e alta complexidade. Vamos garantir atendimento e equipamentos de qualidade nos bairros, acabar com as superlotações e proteger a dignidade da população.
Valadares Filho (PSB) - Vamos realizar mais concursos para profissionais na área da saúde. É uma área que tem problemas não apenas em Aracaju, mas em todo país, não só na rede pública, mas na rede privada também. Vamos desenvolver ações através de um diálogo constante com todos os setores envolvidos. Além das ações estruturantes, vamos conversar com  as todas categorias para valorizar cada vez mais os profissionais da área.
Vera Lúcia(PSTU) - Simples: contratando mais médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes sociais, aumentando os salários, construindo novas unidades de saúde. Enfim, vamos ampliar a rede de atendimento à população. Isso deve ser feito urgentemente porque não podemos achar normal que pessoas morram sem atendimento. Tem candidato dizendo por aí que pra solucionar o problema da fila, vai a transferir pra internet. Fila física ou virtual continua sendo fila.
2 - Pretende ampliar a rede de atendimento de saúde? Como será a regulação e a distribuição do sistema?
Reynaldo Nunes (PV) - Sim. Com a construção de um Hospital Municipal completo, em equipamento e recurso humano qualificado, técnico e concursado, que atenda todas as especialidades, principalmente a Traumatologia e a Pediatria,  áreas tão carentes em Aracaju e que levam à superlotação da rede hospitalar já existente, principalmente o HUSE. Reestruturaremos as Unidades de Saúde Básicas já existentes, construiremos novas clínicas  para a Saúde da Família e Centros de  Especialidades.  A regulação será feita de acordo com as normas já previstas em lei pelo Ministério da Saúde.  Serão identificadas as necessidades  de cada componente do sistema para a distribuição equitativa.
Valadares Filho (PSB) – Vamos construir e implantar um laboratório próprio da Prefeitura para trabalhar com as terceirizadas e com isso agilizar o tempo de entrega dos exames. Vamos implantar o projeto Saúde Digital para fortalecer o sistema e ampliar a  cobertura do Sistema Único para 100%. Uma equipe está estudando todas as unidades existentes e a necessidade de ampliação onde a demanda é grande, a exemplo do conjunto Augusto Franco e outro bairros.
Vera Lúcia (PSTU) - A ampliação da rede é o centro do nosso programa. Isso significa aumentar a sua complexidade no sentido de melhorar a sua capilaridade e também fortalecer o atendimento a grupos que precisam de atenção especial. Estou falando das mulheres, da população negra, dos homossexuais, dos idosos e das crianças. Trabalharemos de forma a ajudar no fortalecimento do SUS. Queremos também o profissional da saúde integrado à comunidade. Não é admissível que o morador do Santos Dummont tenha que atravessar a cidade para levar seu filho doente para o Augusto Franco. Saúde de boa qualidade e perto de casa. Esse é um direito do trabalhador Aracajuano.
3 - Pretende criar ou participar de consórcios públicos de saúde?
Reynaldo Nunes (PV) - Certamente. Quanto mais parcerias, melhor. Vamos fortalecer os consórcios já existentes com o Estado,  intermunicipais e com a iniciativa privada. Temos  a obrigação, enquanto gestores públicos, de utilizarmos todos os meios legais para oferecer um sistema de saúde digno à população aracajuana.
Valadares Filho (PSB) -  É uma alternativa que iremos estudar. Se detectarmos que poderá ajudar a fortalecer os sistema de saúde em Aracaju poderemos participar efetivamente.
Vera Lúcia (PSTU) - Não. A Lei Federal 11.107/2005 é clara: o consórcio público constitui uma entidade de direito privado. O nosso programa vai no sentido oposto. Vamos desprivatizar a saúde pública. O município hoje já gasta grande parte de seus recursos na rede privada através dos convênios. Nenhum centavo público deve ir para a rede privada. Na rede pública estadual, temos as fundações como bom exemplo da natureza de entidade de direito privado na saúde pública. É um fracasso. É desumano. É uma tragédia para o povo pobre.Nós vamos fazer diferente disso. Vamos buscar integrar os serviços e o planejamento da saúde com outros municípios e com o estado. Não há como pensar a saúde de outra forma. Mas não vamos dar um real pra o setor privado. O fortalecimento do SUS é uma de nossas metas.
4 - Como será o gerenciamento dos postos de saúde e hospitais municipais?
Reynaldo Nunes (PV) - Por gestores competentes em Saúde. Priorizaremos os funcionários concursados e vamos diminuir comissionados e terceirizados, assim como a ingerência política na Saúde. E a competência técnica será o critério par a escolha dos gestores do sistema.
Valadares Filho (PSB) – Por técnicos da área comprometidos com um projeto maior de atender os pacientes com qualidade e eficiência. Nós daremos uma atenção especial à área através de uma discussão profunda, essa é a forma do Partido Socialista Brasileiro governar.
Vera Lúcia (PSTU) - Através da criação do Conselho Popular de Saúde. O conselho será um órgão constituído por representantes eleitos pelos profissionais da saúde, pelos usuários do serviço público e será acompanhado de perto pelos movimentos sociais. Ele terá a função de definir a dotação orçamentária do setor e também gerenciar toda a rede municipal. Não será um órgão meramente consultivo. Terá caráter deliberativo e fiscalizador. Essa é uma proposta inovadora, com o intuito de ampliar incrivelmente a democracia e o controle popular de um serviço que é fundamental.
5 - Como pretende avaliar a qualidade do serviço de saúde prestado à população? Pretende criar algum mecanismo ou instrumento de premiação para os servidores ou equipes que se destacarem no atendimento?
Reynaldo Nunes (PV) - Não sou a favor de premiações. O atendimento tem de ser excelente em todos os níveis. É direito do cidadão e dever do servidor público. A opinião da população é primordial, já que a sua satisfação será a nossa razão - são os usuários, beneficiários do serviço. Apesar de já existir meios de avaliações estatísticas por USB, desenvolveremos ações de relacionamento para ouvir seus frequentadores e familiares.
Valadares Filho (PSB) - Nós já anunciamos no horário eleitoral o exemplo que vem dando certo em Belo Horizonte, uma capital administrada pelo PSB, onde os profissionais recebem uma  espécie de gratificação por conta do número de atendimento. É claro que este programa é supervisionado diariamente com a preocupação prioritária na qualidade do atendimento e não na quantidade.

Vera Lúcia (PSTU) - O trabalhador não é ramster pra correr atrás de petisco pra seguir em ritmo frenético. O trabalhador da saúde quer atender bem a população. Mas a Prefeitura não deixa. Porque o deixa sobrecarregado e não oferece instrumentais básicos. O trabalhador quer salário digno e é isso que vamos fazer. Confiamos nos profissionais de saúde. Quem atrasou a saúde do povo de Aracaju foram os governos desastrosos do PT PC do B e também da velha direita representada pelo PSDB e DEM.
6 - Como fará para evitar que faltem remédios e insumos na rede municipal de saúde?
Reynaldo Nunes (PV) - Com planejamento. Respeito aos períodos de licitações para aquisição e reposição, sem a perda de prazos, sem compra por dispensa. Com o desempenho de gestores técnicos concursados e planejamento, profissionalismo com a verba pública, não faltarão remédios  nem material de consumo nas Unidades de Saúde.
Valadares Filho (PSB) – Nós vamos combater a falta de medicamentos com a implantação de um sistema informatizado único. Muitas vezes um medicamento falta num posto de saúde, mas tem unidades guardadas no almoxarifado. Essa logística tem que ter um sistema informatizado que não só controle a entrada e saída dos medicamentos e insumos, mas agilize a chegada deles nos postos de saúde. Temos a consciência de que é preciso que essa reposição precisa ser feita antes mesmo da falta total do medicamento. Quem vai em busca de um medicamento é porque não pode comprar e precisa muito, por isso temos que priorizar esse atendimento.
Vera Lúcia (PSTU) - Aumentando o orçamento para a saúde. Isso significa dizer que a população, através dos conselhos populares vai definir a dotação orçamentária para o setor. Nacionalmente, reivindicamos que, pelo menos 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil seja destinado à saúde. No governo da Frente de Esquerda, a Prefeitura de Aracaju será uma grande parceira dos trabalhadores para conquistar mais verba para a saúde, maiores repasses do Fundo de Participação dos Municípios. Os outros candidatos não podem fazer isso. Porque fazer isso é ser contra o pagamento da dívida externa que come mais de 49% do orçamento brasileiro. Esses partidos preferem olhar pelos banqueiros internacionais a olhar pelo povo aracajuano.
7 - Pretende criar uma ouvidoria ou uma corregedoria para apurar desvios funcionais?
Reynaldo Nunes (PV) - Pretendemos fortalecer a Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde já existente e ampliar suas vias de acesso á população. Entretanto, não adianta "ouvir" queixas e não apurá-las. A Ouvidoria faz parte, integra, é mais um serviço de regulação do Sistema. Desvios funcionais serão rigorosamente punidos segundo o Estatuto do Servidor Público.
Valadares Filho (PSB) – A Secretaria Municipal de Saúde já tem uma ouvidoria. O importante é aprimorar a estrutura já existente e fazer com que a população tenha conhecimento de sua importância. Ouvir as reclamações e sugestões da população é um importante instrumento para melhorar o sistema.
Vera Lúcia (PSTU) - O Conselho Popular de Saúde terá a função de garantir o pleno funcionamento do sistema de saúde pública e a aplicação adequada de seus recursos. Mas, como já disse, ele será muito mais que um órgão corregedor.
8 - Como será a relação com os sindicatos dos servidores da saúde?
Reynaldo Nunes (PV) - Relação de respeito. Compartilhamos objetivos de dignidade em remuneração, estrutura de trabalho e jornada. Diálogo constante. Os sindicatos existem para garantir o essencial, portanto serão nossos parceiros.
Valadares Filho (PSB) -  Além de respeitosa, a mais aberta possível com uma mesa de negociação permanente, inclusive com nossa participação efetiva para que tenhamos cada vez mais a possibilidade de valorizar de forma efetiva os profissionais da área.

Vera Lúcia (PSTU) - A Frente de Esquerda pode dizer com toda a tranquilidade: nós vamos governar com os sindicatos. Os trabalhadores organizados serão protagonistas da mudança profunda que vamos fazer também nessa área. Nossa história nos gabarita. A história dos outros partidos os condena. O DEM de João e inimigo declarado dos sindicatos. O PT e o PCdoB aprenderam na cartilha do Negão como criminalizar uma greve. O trabalhador da saúde só tem uma alternativa nesta eleição, a Frente de Esquerda.
9 - Como será a participação da sociedade na gestão da saúde?
Reynaldo Nunes (PV)  - O Conselho Municipal de Saúde garantirá o acompanhamento da população de forma transparente. Todos os atos serão disponibilizados na internet e introduziremos canais de acesso da sociedade à gestão da saúde de Aracaju, com índices de satisfação para serem monitorados e cumpridos.
Valadares Filho (PSB) – Vamos fortalecer os conselhos colocando a sua atuação de forma mais independente, fazendo com que as suas decisões reflitam sempre o anseio da sociedade.
Vera Lúcia (PSTU) - O Conselho Popular de Saúde, como já destaquei, será a radicalização da democracia na gestão da saúde pública. Vamos implementar conselhos do tipo em diversas áreas, como saúde, educação, transporte, moradia. Conselho popular é o povo trabalhador decidindo diretamente sobre o destino de sua cidade.
10 - É contra ou a favor da unificação do SAMU estadual com o municipal?
Reynaldo Nunes  (PV) - Contra. Sou a favor da separação, pois a união não funcionou. Defendo a separação da gestão destes dois serviços porque a demanda tem sido maior do que a oferta de forma preocupante. Precisamos de autonomia para ampliar e melhor gerenciar o SAMU municipal.
Valadares Filho (PSB) -  Já anunciei no nosso programa eleitoral que uma das primeiras ações da nossa administração será retornar o Samu para a Prefeitura de Aracaju. A intenção de unificação é válida para os municípios de médio e pequeno porte, mas no caso de Aracaju a demanda é alta e a Prefeitura precisa gerenciar o Samu para que possa melhorar o atendimento ainda mais.
Vera Lúcia (PSTU) - Somos contra a existência de trabalhadores em regime de CLT e regime estatutário na mesma categoria. Não é à toa a preocupação dos companheiros trabalhadores do Samu. Queremos, e os trabalhadores também, maior eficiência na prestação do serviço. Mas não admitimos qualquer forma de prejuízo à carreira da categoria. Propomos uma discussão ampla com os trabalhadores do Samu e a população. Podemos, sim, unificar os Samus se necessário.
Frases do Dia
“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos”
“Não importa de onde vim, mais sim aonde quero chegar”
Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio, nasceu em 03 de Setembro de 1940.
* Fonte: Blog C. Nunes

1 de novembro de 2010

Dilma fez o primeiro discurso após a surra que deu no Serra, é a primeira mulher eleita presidente do Brasil



Falou dos principais pontos do seu programa de Governo, como, por exemplo, a erradicação da pobreza e o respeito à liberdade de expressão.


Porém, o ponto alto foi um emocionado final de agradecimento ao presidente Lula.


Disse que saberá honrar esse legado.


Disse que aprendeu que quando se governa para os mais necessitados se surpreende com a vigorosa resposta do povo brasileiro.


Ela disse: Lula nunca estará longe de seu povo.
Baterei à sua porta e tenho certeza de que a porta estará sempre aberta, disse Dilma.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, anunciou à imprensa que a candidata Dilma Rousseff (PT) está matematicamente eleita presidente do Brasil. De acordo com Lewandowski, com 55,39% dos votos válidos, Dilma não pode mais ser ultrapassada pelo candidato do PSDB, José Serra, que estava com 44,61%. De acordo com o presidente, o boletim com este resultado foi gerado às 20h04.

Perfil
A economista Dilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte (MG) em 14 de dezembro de 1947, filha do imigrante búlgaro, naturalizado brasileiro, Pedro Rousseff e da professora Dilma Jane da Silva. Na juventude, participou de movimentos estudantis em Belo Horizonte e depois passou a integrar movimentos de luta armada.
Sua vida partidária começou pelo PDT, legenda da qual foi uma das fundadoras e pertenceu até 2001, quando saiu para se filiar ao PT. No Rio Grande do Sul foi secretária municipal de Fazenda de Porto Alegre na gestão de Alceu Collares (PDT) e de secretária estadual de Minas e Energia nos governos de Alceu Collares e Olívio Dutra (PT).
Candidata do PT à presidência da República é apoiada pela coligação “Para o Brasil Seguir Mudando”, que é integrada pelos partidos PRB / PDT / PT / PMDB / PTN / PSC / PR / PTC / PSB / PC do B. Antes de assumir sua candidatura, Dilma Rousseff teve que deixar o cargo de  ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula para disputar a presidência da República, por exigência da legislação. Também foi ministra de Minas e Energia no governo Lula. 

28 de outubro de 2010

Marina se irrita com Serra

Marina se irrita com Serra
A senadora Marina Silva (PV-AC), derrotada no primeiro turno na eleição presidencial, fez duras críticas a setores do PSDB que tentam associar sua imagem à do candidato José Serra. Marina fala em “iniciativas fraudulentas” promovidas por esses setores do PSDB para que Serra ganhe a simpatia de pessoas que votaram nela no primeiro turno.  “Não usem meu nome para o vale-tudo eleitoral”, disse Marina.
A revolta se deu quando a senadora foi informada da circulação de um endereço de e-mail falso (marina@pv.gov.br) e de um post do blog Eu Vou de Serra 45. O texto  manipula declarações dadas por ela durante a campanha do primeiro turno.
“Infelizmente, muitos não aprenderam nada com os resultados das urnas e continuam a promover a política de mais baixo nível ao usar estratagemas banais para buscar votos”, declarou a ex-presidenciável do PV, em seu site oficial.
Marina se declarou neutra neste segundo turno. Em entrevista à revista Isto É nesta semana, lembrou que membros importantes de seu partido, como Fernando Gabeira e Fabio Feldmann, optaram por apoiar Serra, mas que “muita gente” do PV votaria em Dilma.
“Estamos no final do segundo turno, e os brasileiros já tiveram acesso a muitas informações sobre os candidatos à Presidência. Não há mais desconhecidos. O eleitor vai às urnas consciente da sua escolha e não sujeitará a formação de sua opinião àqueles que usam artifícios ingênuos para distorcer a realidade”, afirmou Marina.

27 de outubro de 2010

CNT/Sensus: Dilma lidera com 51,9% e Serra tem 36,7%






A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem 51,9% das intenções de voto, ante 36,7% de seu adversário, o tucano José Serra, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta manhã. A vantagem de Dilma para Serra aumentou de cinco pontos porcentuais da pesquisa anterior, na semana passada, para 15,2 pontos agora. No levantamento anterior, Dilma tinha 46,8% e Serra, 41,8%.
Ao se considerar somente os votos válidos - o que exclui nulos e brancos e se redistribui os indecisos proporcionalmente, Dilma tem 58,6% e Serra, 41,4%. A rejeição à candidata petista caiu de 35,2% da pesquisa anterior para 32,5%. Já a rejeição a Serra subiu de 39,8% para 43%.
O levantamento, com margem de erro de 2,2 pontos porcentuais, foi feito com dois mil eleitores, entre os dias 23 e 25 de outubro, em 136 municípios e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 37609/2010.

19 de outubro de 2010

Intelectuais e artistas se unem em ato pró-Dilma

Intelectuais e artistas se unem em ato pró-Dilma
Com a rara presença do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, que só perdeu em aplausos para o arquiteto Oscar Niemeyer, mais de mil artistas, intelectuais e militantes reuniram-se ontem em um ato em apoio à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, no Teatro Casa Grande, tradicional ponto de encontro e espetáculos da esquerda carioca, na zona sul do Rio. Os manifestantes entregaram à Dilma um documento com mais de 10 mil assinaturas, muitas delas de eleitores de Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), no primeiro turno.
Chico Buarque fez um rápido pronunciamento com elogios à Dilma e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Essa mulher de fibra, que já passou por tudo, não tem medo de nada. Vai herdar o senso de justiça social, um marco do governo Lula, um governo que não corteja os poderosos de sempre, não despreza os sem-terra, os professores, garis. Um governo que fala de igual para igual com todos, que não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai", disse.
Em seu discurso, Dilma procurou marcar as diferenças de sua candidatura e a de Serra: "Nós não achamos que crescimento social é uma alegoria de mão ou um anexo. É isso que nos distingue radicalmente dos nossos adversários", afirmou. Dilma insistiu no discurso de que os tucanos retomariam o processo de privatização se voltassem ao poder. "O que está em questão nessa eleição é o que eles farão com o pré-sal e também com a Petrobras. Além do manifesto de artistas e intelectuais, a petista recebeu outros dois documentos de apoio à sua candidatura - um organizado por advogados e outro por religiosos.

18 de outubro de 2010

Regional Sul 1 da CNBB reconhece erro ao posicionar-se contra Dilma

Regional Sul 1 da CNBB reconhece erro ao posicionar-se contra Dilma
O Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), grupo representante das dioceses do Estado de São Paulo, reconheceu hoje ter errado em posicionar-se politicamente contra o PT e a candidata Dilma Rousseff em nota intitulada "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", feita pela Comissão em Defesa da Vida e endossada pela direção da seção paulista da CNBB.
"O erro foi a apresentação de sigla partidária. Esse erro realmente foi colocado, isso não poderia ter acontecido. Você pode fazer uma nota, mas a partir do momento que você cita nome, cita partido, realmente você fere as pessoas. Com humildade, as pessoas reconheceram e vamos adiante, é preciso olhar para a frente", afirmou o bispo de Limeira, d. Vilson Dias de Oliveira, responsável pela Pastoral da Comunicação do Regional Sul 1.
Após a ressonância do conteúdo da nota propagada à revelia dos bispos pela internet, pelas paróquias, comunidades, igrejas e as ruas, não somente do Estado de São Paulo, os bispos católicos do Regional Sul 1 da CNBB divulgaram hoje nota oficial para esclarecer que "não indicam nem vetam candidatos ou partidos e que respeitam a decisão livre e autônoma de cada eleitor". "Agora não podemos tapar o sol com a peneira a essa altura dos fatos. O documento ("Apelo aos a todos os brasileiros e brasileiras") existiu, foi revisto, tirado do ar (internet) e, com essa nota, eliminado", afirmou d. Vilson.
A pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Polícia Federal (PF) apreendeu hoje ao menos 1 milhão de panfletos com o conteúdo produzido pela Comissão em Defesa da Vida, em uma gráfica no bairro Cambuci, em São Paulo. O material, com a logomarca da CNBB e as assinaturas do presidente, vice-presidente e secretário-geral do Regional Sul 1, recomenda aos eleitores votos somente a candidatos ou candidatas de partidos contrários à descriminalização do aborto.
Embora não citem o nome de Dilma, os panfletos apontam o PT como apoiador do terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela então ministra da Casa Civil, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto. O material teria sido encomendado pela Diocese de Guarulhos. O bispo de Guarulhos, d. Luiz Gonzaga Bergonzini, não foi encontrado para falar sobre o assunto.
Nota
A nota divulgada hoje pela Regional Sul 1 diz que o grupo "desaprova a instrumentalização de suas declarações e notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos". O documento foi produzido e assinado por cerca de 50 bispos em uma reunião privada realizada na noite de ontem, em Indaiatuba (SP). Os bispos estavam na Vila Kostka, casa de retiros na qual ocorreu uma assembleia com lideranças diocesanas paulistas.
D. Vilson informou que não cabe à CNBB apurar se a ordem para a impressão dos panfletos anti-Dilma teria partido mesmo da diocese de Guarulhos. "Pode haver punição, mas aí é da nunciatura com o bispo", afirmou d. Vilson. A nunciatura apostólica funciona como a embaixada da Santa Sé no País. O núncio apostólico (representante do Vaticano) no Brasil é d. Lorenzo Baldisseri. "Se a polícia apreendeu e se vai ser descoberto se foi ele (o bispo de Guarulhos), ou foi um serrista ou sei lá eu quem foi que fez, quem está patrocinando, isso é a investigação que vai dizer. A CNBB faz questão de dizer que ela está fora disso", disse.

15 de outubro de 2010

Serra quis cobrar imposto de Igreja. D. Paulo chamou ele de neoliberal

Serra quis cobrar imposto de Igreja. D. Paulo chamou ele de neoliberal



JORNAL DO BRASIL  • 2/3/1995
D. Paulo Evaristo Arns adverte contra modelo neoliberal

No lançamento da Campanha da Fraternidade, cardeal convoca entidades para pressionarem a favor dos excluídos no Brasil

JOSÉ MARIA MAYRINK
SÃO PAULO _ O cardeal-arcebispo de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns, afirmou que o governo deve resistir à tentação de implantar o modelo neoliberal, para não agravar ainda mais a ´´vergonhosa“ situação dos 32 milhões de brasileiros que, segundo dados oficiais, vivem na indigência. ´´O número de excluídos não vai diminuir enquanto o capital se concentrar nas mãos de poucas pessoas“, advertiu o cardeal, ao falar da exclusão dos marginalizados, tema da Campanha da Fraternidade lançada ontem pela igreja.
Convencido de que o Brasil adotará o neoliberalismo se não houver uma imediata reação da sociedade, D.Paulo disse que as entidades não-governamentais devem fazer pressão para impedir que isso ocorra. ´´Por enquanto, o país não está no caminho certo, mas pode corrigir o rumo“, observou o cardeal, depois de interpretar como uma manifestação da tendência neoliberal ´´o fato de o trabalhador ter de viver com um salário mínimo de R$ 70, enquanto aqueles que têm cargos e influência tiveram aumentos de mais de 100%“.
A correção da rota, segundo D.Paulo, está nas mãos dos governantes. ´´Tenho confiança absoluta nessas pessoas, especialmente nesse homem com quem trabalhei mais de 15 anos em São Paulo e que agora governa o Brasil“, afirmou o cardeal, referindo-se ao presidente Fernando Henrique Cardoso. ´´Espero que, pouco a pouco, o Brasil seja de todos os brasileiros“, acrescentou ele, com a ressalva de que a aplicação da justiça social ´´não depende só do governo, mas também dos responsáveis pela produção e pela comercialização dos bens“.
O cardeal de São Paulo criticou a proposta do ministro José Serra de cobrar impostos de igrejas e instituições religiosas. ´´O ministro do Planejamento não está a par da legislação, pois não sabe que a igreja goza de isenção porque é uma entidade de direito público, como reconheceu Ruy Barbosa“, disse D.Paulo. ´´O ministro está dando um péssimo exemplo, pois com essa sugestão ele lança o povo contra o governo“, acrescentou. ´´igreja é povo, não é parede nem edifício“, argumentou o cardeal para lembrar que o dinheiro do imposto acabaria saindo dos bolsos dos fiéis.
Catador _ Depois de denunciar o agravamento da exclusão social no país, D.Paulo passou a palavra a aposentados, moradores de rua e catadores de papel para eles falarem como se sentem como excluídos. ´´Eu sou excluído porque cato papel nas calçadas e uma parte da sociedade não acha que eu faço um trabalho digno“, queixou-se o pernambucano Evandro Floriano de Oliveira, 33 anos, que mora debaixo de um viaduto. Seu colega José Amaro, presidente da Cooperativa de Papel e Material Reaproveitável, que também vive na rua, mostrou que a situação pode melhorar. ´´Para escapar dos atravessadores, a gente se organizou nessa luta que já reúne mais de 80 pessoas“, informou.

5 de outubro de 2010

Serra causou polêmica ao legalizar o aborto em 1998

O único candidato a presidente nestas eleições que já assinou medidas para fazer abortos foi José Serra (PSDB), quando foi Ministro da Saúde, em 1998.

Ele assinou norma técnica para o SUS (Sistema Único de Saúde), ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez.


A íntegra da norma pode ser lida aqui: http://www.cfemea.org.br/pdf/normatecnicams.pdf

Abaixo, alguns trechos da Norma:

A garantia de atendimento a mulheres que sofreram violência sexual nos serviços de saúde representa, por conseguinte, apenas uma das medidas a serem adotadas com vistas à redução dos agravos decorrentes deste tipo de violência. A oferta desses serviços, entretanto, permite a adolescentes e mulheres o acesso imediato a cuidados de saúde, à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez indesejada.

As equipes envolvidas diretamente na assistência deverão receber treinamento sobre o atendimento humanizado às mulheres que poderão ser submetidas à interrupção da gravidez. Os médicos deverão, além disso, ser treinados para a utilização das diferentes técnicas recomendadas para a interrupção da gestação.

Esse atendimento deverá ser iniciado por ocasião da primeira consulta, devendo estender-se a todo o período de atendimento à mulher e após a interrupção da gravidez


“...se a mulher estiver grávida ou suspeitando de gravidez, deve-se identificar claramente a demanda trazida por ela, focalizada nos seguintes aspectos:identificação do desejo de interrupção da gravidez ou não, discussão a respeito dos direitos legais já garantidos à mulher, existência de valores morais e religiosos que possam determinar ou influenciar a decisão da mulher e a discussão de alternativas à interrupção da gravidez, como a entrega da criança para adoção, a realização de pré-natal etc.

VI. ATENDIMENTO À MULHER COM GRAVIDEZ DECORRENTE DE ESTUPRO
Esse atendimento deverá ser dado a mulheres que foram estupradas, engravidaram e solicitam a interrupção da gravidez aos serviços públicos de saúde.


Procedimentos para a interrupção da gravidez
O procedimento deverá ser diferenciado, de acordo com a idade gestacional.
I. Até 12 semanas, podem ser utilizados, para o esvaziamento da cavidade uterina, os dois métodos identificados a seguir.

1. Dilatação do colo uterino e curetagem
2. Aspiração Manual Intra-Uterina (AMIU)


4 de outubro de 2010

PT terá maior bancada da Câmara dos Deputados

PT terá maior bancada da Câmara dos Deputados
O Partido dos Trabalhadores terá a maior bancada de deputados federais da próxima legislatura (2011-2015). Até o momento, já estão garantidas 88 cadeiras, contra 79 da atual legislatura. Deste total, 51 foram reeleitos e 37 novos.
O número de cadeiras ocupadas por petistas na Câmara poderá aumentar, assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir o julgamento de recursos contra candidaturas indeferidas.
Veja AQUI a lista de eleitos e reeleitos.
O segundo lugar em tamanho de bancada, ficou para o PMDB, principal partido de sustentação do governo Lula, com 79 cadeiras. Na atual legislatura, o PMDB tem a maior bancada. Se for eleita a candidata petista, Dilma Rousseff, para a Presidência da República no segundo turno, o próximo Governo terá ampla maioria no Congresso, já que o partido será a segunda maior bancada no Senado. Lá o primeiro lugar ficou com o PMDB. O número total de senadores das duas siglas ainda não pode ser precisado, já que poderá haver alterações, à medida em que forem resolvidos os casos que estão na justiça.
Ao contrário das bancadas dos partidos da base aliada do governo Lula, a maioria das bancadas dos partidos de oposição sofreu redução, como é o caso do PSDB, DEM e PPS. Da base de sustentação do Governo, no espectro de esquerda (PT, PSB, PDT e PCdoB), todos cresceram. Houve redução ao centro (PMDB e PTB). Mantiveram-se praticamente com a mesma bancada, os partidos à direita da base (PR, PP e PSC).
Renovação - Dos 407 deputados que tentaram a reeleição, 284 lograram êxito ao renovar seus mandatos, isso representa uma renovação de 44,6% (229 novos). Já a bancada feminina sofreu uma pequena redução de cadeiras. Na atual legislatura as mulheres ocupam 45 cadeiras. No período de 2011 a 2015, serão 43. Dessas, 21 são novas e 22 foram reeleitas.

30 de setembro de 2010

Lula faz comício histórico na capital sergipana

Lula: “Não imagino o povo sergipano votando em outros candidatos que não sejam Déda e Dilma”
“Olê, olê, olê, olá, Lula, Déda”. Foi com a entonação nostálgica desse famoso bordão que os milhares de sergipanos, advindos dos quatro cantos do Estado, recepcionaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite dessa quarta-feira, 29, na praça dos mercados centrais de Aracaju, durante um grande comício a favor da reeleição do governador Marcelo Déda (PT) e da candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República.
A praça dos mercados ficou pequena diante de tanta gente. Eram caravanas chegando de vários municípios, trazendo consigo verdadeiros peregrinos para somar-se aos milhares de cidadãos que estavam vestidos de vermelho e com bandeiras em punho, transformando a praça num verdadeiro Mar Vermelho, o vermelho da mudança, o vermelho do Partido dos Trabalhadores (PT).
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, que representou a candidata Dilma Rousseff, foi o primeiro a discursar. Ele disse que há oito anos, os brasileiros elegeram o primeiro operário como presidente, contrariando as elites que comandavam o Brasil. “A esperança venceu o medo. A atriz Regina Duarte foi para a televisão para dizer que tinha medo de Lula. As elites diziam que ele não seria capaz de controlar a economia nem gerar emprego. Lula não só controlou a economia como criou mais de 14 milhões de empregos. É esse projeto que deve ser continuado com Dilma e com Déda”, declarou Dutra.
O governador Marcelo Déda abriu o seu pronunciamento agradecendo a presença da população, denominando-a de ‘autoridade maior’. “Peço permissão ao meu amigo, compadre e companheiro Lula, mas a maior autoridade que está aqui hoje é esse povo”, disse, sob intermináveis aplausos. “Este povo, Lula, veio da praia, do Sertão, do Vale do Cotinguiba, do Agreste, do Sul do Estado para ver você, meu amigo. Eles não podem te abraçar, mas podem abraçar com os olhos e com a alma generosa”, completou.
Déda continuou afirmando que o Estado de Sergipe pode ser o menor da federação, mas sua gente não é menor que outro povo. “Somos pequenos em território, mas a nossa gente é igual a todas as outras. O sergipano Gilberto Amado dizia que Sergipe só é pequeno para não competir com a grandeza de seus filhos”, parafraseou ele.
O governador lembrou dos seus mais de 30 anos de vida política sempre ao lado de Lula e demais companheiros do PT, partido pelo qual fundou em Sergipe. “Lembro-me de estar com você Lula, levantando as bandeiras contra a ditadura, lembro-me  das dezenas de vezes que você veio a esse Estado. Lembro-me de você em Itabaiana, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Porto da Folha, na cidade de Propriá e em cima de uma barraca de feira no bairro São Conrado, em Aracaju. Esse povo não lhe conhece apenas como presidente, mas como o maior líder popular que essa nação já teve”, relembrou.
Déda disse ainda que Lula, ao ser eleito presidente, derrubou o muro do preconceito, erguido pelos partidos PSDB e DEM. “Do seio do povo nasceu o filho do Brasil. A ‘tucanada’ e os demistas diziam que Lula era apenas um operário nordestino que não tinha capacidade para governar. A ‘tucanada’ tinha muitos anéis nos dedos e pouca vergonha na cara, porque esse homem tem mais de 80% de aprovação popular”, contestou Déda.
Ao concluir sua fala, Déda olhou nos olhos do presidente e traduziu o sentimento do povo. “Você vai deixar a presidência, mas vai ficar guardado no coração de todos os brasileiros. Pode voltar para São Bernardo de alma leve, porque você foi o maior presidente na história desse país. Volte para casa tranquilo, os ‘tucanos’ e os ‘demos’ não vão voltar, porque o povo vai eleger Dilma. Não ouçam os falsos profetas, Lula vai deixar o seu povo nas mãos de uma mulher”, concluiu ele, fazendo questão de dizer que o presidente precisou de dois mandatos para consolidar as mudanças.
‘Se Lula que é Lula, precisou de dois, eu também preciso de mais um mandato para Sergipe continuar seguindo em frente com a graça de Deus e ele há de querer”, finalizou o governador.
Discurso do presidente
Antes de começar a falar, o presidente Lula foi interrompido por um turbilhão de aplausos e pela entonação do seu famoso bordão, consagrado ainda quando ele era líder sindical.
“Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”, ecoava do público. Emocionado, Lula agradeceu a todos pelo reconhecimento. “Se tem uma pessoa que deve levantar a mão para o céu e agradecer à Deus por tudo, esse alguém sou eu. Sair de onde saí, passar fome e  dificuldade, chegar a ser sindicalista, criar a Central Sindical, fundar partido político e chegar na Presidência, é o máximo do máximo”, revelou ele.
Lula disse que em 1989, primeiro ano em que disputou a Presidência, era taxado de comunista. “Naquela época, diziam que o Lula era barbudo e se esqueciam de que Jesus também tinha sido barbudo, diziam que a bandeira do PT era vermelha, fui chamado de comunista várias vezes, lembro-me da frustração. Mas hoje, agradeço por ter perdido três eleições, porque quando fui eleito em 2002 estava mais preparado”, salientou.
O presidente disse ainda que faltam três meses para ele encerrar seu mandato, e que pode colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo. “Ainda temos muito a fazer, não podíamos resolver os problemas de 500 anos em oito, mas sabemos que fizemos muito por esse país. Não devemos mais ao FMI, não se vê filas no INSS para aposentadoria, assentamos milhares de famílias com a Reforma Agrária, levamos luz para milhões de residências e consolidamos a economia”, destacou Lula.
O divisor de águas na política
O petista fez questão de afirmar que o governador Marcelo Déda é um divisor de águas na política sergipana. “Você está rompendo a elite, separando a história velha da nova, representando o novo da política sergipana. Chega de Albano/João, João/Albano, agora é Déda neles para o desenvolvimento”, exclamou o presidente.
De acordo com Lula, a população precisa eleger Déda para governador, os candidatos Antônio Carlos Valadares (PSB) e Eduardo Amorim (PSC) para o senado e a candidata Dilma Rousseff para presidente. Ele revelou ainda que escolheu Dilma por um motivo especial.
“Porque escolhi uma mulher para me suceder e não um homem? Porque tenho na memória a imagem da minha mãe que nasceu e morreu analfabeta. De uma mãe que cuidava de mim quando estava doente, que me ensinou a andar, que me amamentou. A mulher sabe cuidar melhor, assim como minha mãe cuidou de mim, o Brasil precisa de um cuidado de mãe, não para governar, que é uma expressão elitista, mas para cuidar do povo, porque não há nada mais sagrado que o sentimento da maternidade”, explicou o petista.
Lula continuou seu pronunciamento dizendo que depois de uma experiência bem-sucedida de um metalúrgico na Presidência da República, chegou a vez de uma mulher. “Eu não indicaria uma pessoa que eu não tivesse confiança e sem competência para o meu lugar, eu tenho a certeza de que Dilma será o melhor para o Brasil”, evidenciou ele.
Ao final, o presidente afirmou que o governador Déda tem um grande futuro pela frente. “Pense num cabra inteligente, é Déda. Ele tem um grande futuro e não imagino os sergipanos votando em outros candidatos que não sejam Déda e Dilma. A partir de amanhã, vamos conquistar a independência definitiva, vamos sair às ruas levantar as nossas bandeiras. Déda disse que vai me dar um telefone vermelho para ele me ligar no dia 3, depois das 17h, para dizer que Sergipe fez a maior votação e elegeu Dilma e Déda para fazer mais e melhor pelo povo”, concluiu ele.

28 de agosto de 2010

IBOPE: DÉDA (PT) 16 % À FRENTE DE JOÃO (DEM)


COM 16% à FRENTE, DÉDA QUER EVITAR SALTO ALTO
O Ibope divulgou, na noite desta sexta-feira, a primeira pesquisa para avaliação dos candidatos a governador do Estado e ao Senado e apresentou uma diferença favorável ao governador Marcelo Déda (PT) de 16 pontos em relação ao seu principal opositor, João Alves Filho (DEM).
Segundo os números, Marcelo Déda está com 48% e João Alves Filho com 32% das intenções de votos e a rejeição é próxima um do outro: Déda com 26% e João com 31%. Para o Senado, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) está com 35%, o deputado federal Albano Franco (PSDB) com 34%, o deputado federal Eduardo Amorim (PSC) com 25% e o deputado federal José Carlos Machado (DEM), com 07%. Os demais chegaram a 1% ou não pontuaram.
Segundo dados da pesquisa, o número de indecisos ainda é muito alto, principalmente para o Senado, cuja maioria ainda não escolheu [ou não sabem] que pode votar em dois candidatos. Foram ouvidas 812 pessoas em 38 municípios: Aracaju – 210, Barra dos Coqueiros – 14, Socorro – 42, São Cristóvão – 28, Capela – 14, Laranjeiras – 14, Marui – 14, Riachuelo – 14, Neópolis – 14, Nossa Senhora de Lourdes – 14, Telha – 14, Japoatã – 14, São Francisco – 14, Gararu – 14, Glória – 14, Poço Redondo – 14, Porto da Folha – 14, Carira – 14, Frei Paulo – 14, Aquidabã – 14, Nossa Senhora das Dores – 14, Areia Branca – 14, Itabaiana – 42, Moita Bonita – 14, Poço Verde – 14, Simão Dias – 28, Tobias Barreto – 14, Lagarto – 28, Riachão dos Dantas – 14, Boquim – 14, Itabaianinha – 14, Salgado – 14, Tomar do Geru – 14, Estância – 28, Itaporanga D´Ajuda – 14 e Santa Luzia do Itanhy – 14.
De Déda – O governador Marcelo Déda (PT) considerou “ótimo” o resultado, mas disse que não quer que ninguém coloque sapatos altos. Para o candidato petista, o resultado casa com “o que estamos vendo nas ruas. O clima que está nas ruas”, disse.
Marcelo Déda lembrou que pesquisa é o retrato do momento “e todos nós precisamos trabalhar para prorrogar esse momento”. Acha que o resultado não deve “inebriar ninguém, porque eleição só está ganha com os resultados das urnas”.
Neste momento, sexta-feira (27), Marcelo Déda está em Tobias Barreto, onde participa de reunião com mulheres, ao lado da primeira dama Eliane Aquino. Logo depois sairá em carreata pelas ruas da cidade.
De João –  Através de sua assessoria, o candidato a governador pelo DEM, João Alves Filho, não fez comentários mais longo sobre o resultado das pesquisas. Lembrou apenas que Quando Albano Franco e Jackson Barreto foram candidatos a governador, o Ibope deu vitória para o Albano já no 1º turno. Mas quem ganhou foi Jackson”.

E acrescentou: “foi preciso um trabalho gigantesco do governador (João Alves) para reverter o quadro no 2º turno à favor da Albano. O comparativo feito pelo ex-governador demonstra que não levou em consideração os resultados, porque considera que só sai vitorioso quem tiver maior número de votos depois das urnas apuras.

A pesquisa – A pesquisa realizada pelo Ibope, de 24 a 26 de agosto, e registrada no TSE sob número 102922010, foi quantitativa, que consiste na realização de entrevistas pessoais, com a aplicação de questionário estruturado junto a uma amostra representativa do eleitorado em estudo. 
O Plano Amostral Representativa do eleitorado da área em estudo, elaborada em três estágios. No primeiro fez-se um sorteio probabilístico dos municípios pesquisados, pelo método PPT (probabilidade Proporcional ao Tamanho), tomando o eleitorado de cada um, como base para tal seleção.
Em um segundo estágio, dentro dos municípios sorteados foram selecionados, também pelo método PPT, os setores censitários onde as entrevistas foram realizadas.
No terceiro estágio, dentro dos setores sorteados, os entrevistados foram selecionados através de quotas amostrais, proporcionais em função de variáveis significativas, a saber: Sexo, Idade, Grau de instrução e Ramo de atividade, de acordo com o perfil do eleitorado.
O nível econômico é assegurado através do controle das variáveis descritas acima da dispersão geográfica da amostra.
Em relação à ponderação, devido à metodologia amostral adotada, os fatores de ponderação que foram aplicados em toda as variáveis (sexo, idade, grau de instrução, ramo de atividade e posição na ocupação), assumem valor igual a 01. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada, considerando um modelo de amostragem aleatório simples, é de três pontos percentuais para mais ou para menos, sobre os resultados encontrados no total da amostra.

1 de julho de 2010

Na novela do vice, PSDB e DEM sairam perdendo


Na novela do vice, PSDB e DEM saíram perdendo

O desfecho do processo de escolha do candidato a vice-presidente na chapa do PSDB não teve propriamente vencidos e vencedores. Todos perderam.
É claro que a visão da superfície é a de que José Serra cedeu ao DEM ao aceitar um demista como vice. O DEM ganhou, então, certo? Não, errado.
Não ganha quase nada um partido que vê um deputado federal seu de pouca expressão ser colocado no papel de vice. O DEM não teve a menor influência na escolha do nome de Índio da Costa. A conjuntura –não controlada pelos demistas– é que desembocou em Índio.
Terminada a novela “Álvaro, l breve”, o PSDB e o publicitário Luiz Gonzalez à frente queriam encontrar alguém “filiado ao DEM, que tivesse a imagem de honesto e fosse uma novidade”, nas palavras de um tucano. Outro fez uma anedota: “Essa condição era quase um conjunto vazio”. Mas chegou-se ao nome de Índio da Costa, deputado de 39 anos, do Rio de Janeiro e em seu primeiro mandato.
O nome de Índio da Costa foi, portanto, uma imposição do PSDB. Assim: “O vice vai ser do DEM, mas quem escolhe sou eu e vocês engolem”. Pode-se dizer então que Serra prevaleceu, ganhou? Não. O tucano equivocou-se de maneira quase inacreditável ao acreditar nos seus conselheiros mais próximos a respeito da escolha anterior –o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que foi o candidato a vice-presidente do final de sexta-feira (25.jun.2010) até o começo da tarde de quarta-feira, ontem (30.jun.2010).
Como Serra não conseguiu arrastar Aécio Neves para o cargo de vice-presidente, prevaleceu a noção de que as outras opções eram todas de menor relevância no sentido de trazer um impacto nacional. Essa premissa verdadeira levou a uma ação errada. Escolheu-se Álvaro Dias porque, pelo raciocínio tucano, Serra estaria pelo menos selando uma aliança fortíssima no Paraná –um Estado relevante da região Sul, com expressivos 5,63% dos eleitores do país.
Serra não fez sozinho a escolha Álvaro Dias como vice. Também tiveram relevância na hora de a decisão ser tomada o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA), cuja função na campanha é ser um dos mais fiéis aliados de Serra.
Qual era a lógica (que estava completamente errada)? Álvaro como candidato a vice-presidente amarraria o apoio de seu irmão, o também senador Osmar Dias (PDT-PR), para o candidato do PSDB ao governo do Paraná, o ex-prefeito de Curitiba, Beto Richa.
Nessa fórmula, Osmar Dias seria candidato à reeleição ao Senado numa aliança com Beto Richa . Formar-se-ia uma “coalizão dos sonhos” no Paraná, isolando o PT. A candidata de Lula ao Planalto, Dilma Rousseff, ficaria sem um palanque viável na disputa pelo governo paranaense.
Deu tudo errado. Para começar, os tucanos exercitaram sua provebial soberba. Permitiram que a decisão vazasse da pior forma possível: pelo Twitter de Roberto Jefferson, deputado cassado por causa do escândalo do mensalão. O DEM chiou e Jefferson respondeu com seu estilo arranca-toco: “O DEM é uma merda!!!”. Enquanto isso, os tucanos assistiam ao degradante espetáculo em estado de catatonia.

23 de junho de 2010

Dilma com 40% e Serra com 35% - pesquisa Ibope


Pesquisa Ibope aponta Dilma com 40% e Serra com 35%
Levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria. Na pesquisa Ibope anterior, Dilma e Serra apareciam empatados com 37%.
Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta (23) em Brasília mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 40% e o candidato do PSDB, José Serra, com 35% na corrida eleitoral pela Presidência da República. Marina Silva (PV) tem 9% das intenções de voto, segundo o levantamento, encomendado ao instituto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).O
cenário da pesquisa que apresentou esses resultados é o que inclui somente Dilma, Serra e Marina. No cenário que reúne12 candidatos, Dilma aparece com 38,2%, Serra, 32,3% e Marina, 7%.
É a primeira vez que Dilma aparece à frente de Serra numa pesquisa de intenção de voto para presidente. Na pesquisa Ibope anterior, divulgada no último dia 5 e feita por encomenda da TV Globo e do jornal "O Estado de S. Paulo", Dilma e Serra apareciam empatados com 37% das intenções de voto. Marina Silva acumulava 9%.A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos (portanto, Dilma pode ter entre 38% e 42%; Serra, entre 33% e 37%; e Marina, entre 7% e 11%).
A pesquisa é a primeira realizada após a oficialização das candidaturas de Dilma, Serra e Marina pelas convenções partidárias. O Ibope entrevistou 2.002 eleitores entre os dias 19 e 21em 140 cidades.
Disseram que votarão em branco ou nulo 6% dos entrevistados. Os que responderam que ainda não sabem em quem votar são 10%, segundo o Ibope.
Segundo turno
Na simulação de segundo turno, Dilma teria 45% e Serra, 38%, segundo o Ibope. Na hipótese de segundo turno entre Dilma e Marina, a petista venceria por 53% a 19%. Serra ganharia de Marina por 49% a 22%.
Rejeição
Dentre os entrevistados, 23% disseram que não votariam em hipótese nenhuma em Dilma Rousseff. Os que rejeitam Serra são 30% e os que nunca votariam em Marina somam 29%.