12 de maio de 2009

Estudantes apoiam mudança no currículo do ensino médio

A possibilidade de o aluno do ensino médio escolher parte das disciplinas que quer estudar, flexibilizando o currículo desta etapa, parece animar os estudantes secundaristas.

A proposta foi apresentada na semana passada pelo Ministério da Educação (MEC). O projeto chamado de "ensino médio inovador" está em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE), colegiado responsável por elaborar diretrizes curriculares.

Pesquisas mostram que o atual modelo é desinteressante para os jovens, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares.

Além da possibilidade de o aluno escolher as disciplinas que complementam as básicas, está previsto que o atual modelo da grade curricular, dividido em 12 disciplinas tradicionais, seja dividido em eixos mais amplos como linguagens e ciências humanas. Outra mudança é o aumento da carga horária de 2,4 mil para 3 mil horas/ano e a inclusão de atividades práticas para complementar o aprendizado.

Para Rosa Lúcia Nascimento, professora de História de uma escola pública de Brasília, a possibilidade de um currículo flexível, montado a partir das prioridades do aluno é " fantástica".

– O ensino médio hoje ficou inserido como etapa conclusiva do ensino fundamental. Ele se torna desinteressante porque a gente não consegue aproximar os conteúdos da realidade deles – avalia. Mas ela ressalta que é necessário investir na formação continuada dos professores para que o novo modelo dê certo.

Muitos alunos acreditam que o novo modelo pode aumentar o interesse do aluno pela escola. Eles apostam que o novo modelo vai permitir uma formação mais voltada ao mercado de trabalho.

O projeto do MEC sugere ainda que programas de incentivo à leitura estejam previstos na nova organização pedagógica. Outra orientação é valorizar as atividades artísticas e culturais dentro do currículo.

O CNE vai realizar audiências públicas para discutir o novo modelo de ensino médio. O processo deve ser concluído até julho. Depois dessa etapa, o ministério começará as negociações com os estados, já que o ensino médio é responsabilidade das redes estaduais.

*Agência Brasil

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