50 anos de Golpe: para que
a história deixe de se repetir
por
CEBI
Ao
fazer memória de todas as pessoas, mulheres e homens, jovens e crianças, vítimas
das torturas e das arbitrariedades da ditadura civil-militar que se implantou
no Brasil a partir de 31de março de 1964, o CEBI vem reafirmar seu compromisso
com a democracia plena, ainda não consolidada em nosso país.
E
denuncia publicamente:
-
as práticas de repressão e de tortura assumidas e difundidas pelos militares e
que continuam a acontecer, especialmente entre a população negra e pobre
confinada nas periferias e nos presídios;
-
toda e qualquer forma de violência, por ação ou omissão, que se traduz em
desrespeito aos direitos humanos;
-
a violência institucional de empobrecimento da população por meio da
transferência do patrimônio da nação para as mãos de grupos poderosos, através
do pagamento da dívida pública e de seus juros abusivos;
-
a continuidade de um modelo econômico submisso, incentivador da construção de
grandes obras, que, tais como as da ditadura militar, são causadoras de
depredação ambiental e de exclusão social;
-
a continuidade da prática da corrupção amplamente adotada pelos governos
militares e ainda muito utilizada por empresários, banqueiros, latifundiários e
lideranças políticas;
-
a criminalização de lideranças de movimentos sociais que seguem lutando por
terra, água e território junto aos povos indígenas e quilombolas.
Para
o CEBI, a ditadura foi e continua sendo nociva à sociedade, desumana,
antievangélica e inconciliável com a fé cristã.
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