1 de abril de 2014

50 anos de Golpe: para que a história deixe de se repetir

50 anos de Golpe: para que a história deixe de se repetir
por CEBI
Ao fazer memória de todas as pessoas, mulheres e homens, jovens e crianças, vítimas das torturas e das arbitrariedades da ditadura civil-militar que se implantou no Brasil a partir de 31de março de 1964, o CEBI vem reafirmar seu compromisso com a democracia plena, ainda não consolidada em nosso país.
E denuncia publicamente:
- as práticas de repressão e de tortura assumidas e difundidas pelos militares e que continuam a acontecer, especialmente entre a população negra e pobre confinada nas periferias e nos presídios;
- toda e qualquer forma de violência, por ação ou omissão, que se traduz em desrespeito aos direitos humanos;
- a violência institucional de empobrecimento da população por meio da transferência do patrimônio da nação para as mãos de grupos poderosos, através do pagamento da dívida pública e de seus juros abusivos;
- a continuidade de um modelo econômico submisso, incentivador da construção de grandes obras, que, tais como as da ditadura militar, são causadoras de depredação ambiental e de exclusão social;
- a continuidade da prática da corrupção amplamente adotada pelos governos militares e ainda muito utilizada por empresários, banqueiros, latifundiários e lideranças políticas;
- a criminalização de lideranças de movimentos sociais que seguem lutando por terra, água e território junto aos povos indígenas e quilombolas.

Para o CEBI, a ditadura foi e continua sendo nociva à sociedade, desumana, antievangélica e inconciliável com a fé cristã.

23 de julho de 2013

“NÃO TENHO OURO NEM PRATA, TRAGO CRISTO"- Papa

PAPA: “Não tenho ouro nem prata. Trago Cristo”
“Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo”.

Para os jovens: “ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos”

Papa Francisco foi recebido pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, no Jardim do Palácio Guanabara, sede do governo do Estado do Rio de Janeiro em uma cerimônia na qual estavam presentes o governador do Estado, Sérgio Cabral, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, representantes do governo, do corpo diplomático e convidados.

Depois da execução dos hinos nacionais, a presidente ressaltou que mais de 50 milhões de jovens brasileiros acolhem o Papa e os jovens de todo o mundo com os braços abertos.  Ela destacou que a Jornada Mundial da Juventude é uma oportunidade para renovar o diálogo pela justiça social, a solidariedade, os direitos humanos e a paz entre as nações.

A presidente assinalou os desafios que a sociedade brasileira enfrenta e os progressos que o país teve nos últimos anos, reconhecendo a colaboração da Igreja Católica na construção de um mundo melhor.

No seu discurso, feito em português, Papa Francisco demonstrou alegria ao voltar à América Latina em sua primeira viagem internacional. O Papa saudou os presentes, agradeceu a generosa acolhida e pediu licença para passar a semana no país. “Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo”.

O Papa reforçou a vontade de se encontrar “com os jovens vindos de todas as partes do mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor”. Destacando o lema da Jornada Mundial da Juventude, o Papa expressou sua confiança nos jovens. “Energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo ‘bota fé’ nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos”.

“’A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos”.

Na sequência, Papa Francisco teve uma audiência privada com a presidente da República, quando ofereceu a ela um presente, um mosaico chamado “Vista do Rio de Janeiro”, feito no Museu do Vaticano. Finalmente, o Papa saudou as famílias da presidente Dilma Rousseff, do governador do estado e do prefeito da cidade do Rio de Janeiro.

Fonte/Autor: RCR

12 de julho de 2013

Padre Paulo Ricardo denuncia estratégia abortista do na Comissão de Direitos Humanos
Ontem, o padre Paulo Ricardo participou de um importante debate na Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Na ocasião, ele alertou para o perigo do PLC nº3, de 2013, aprovado em regime de urgência no Congresso Nacional, em pouco menos de quatro meses, e que já foi enviado, no último dia 4, para a sanção da presidente da república
De fato, a estratégia da militância abortista foi muito bem preparada. Depois de maquiar o texto do projeto, prevendo, no seu art. 1º, "atendimento emergencial, integral" para as vítimas de violência sexual - cujo conceito eles ardilosamente reformularam no art. 2º -, ainda deram à tramitação do texto caráter de urgência, sem dar tempo para os congressistas meditarem e analisarem com cuidado o conteúdo e as consequências práticas do projeto de lei. Tanto é verdade que este foi aprovado sem o mínimo de discussão ou participação da sociedade.
Afinal, qual o perigo que oferece o texto deste projeto de lei, que nem usa o termo "aborto" explicitamente? Ora, os engenheiros da cultura da morte não precisam dizer claramente quais são suas intenções e objetivos. Basta que usem palavras e expressões inofensivas - quem desconfiará da malícia de um texto que fala do "atendimento integral" em decorrência da "violência sexual" praticada contra as mulheres? - para que os profissionais da Medicina e do Direito já comprometidos com a agenda abortista tenham base legal para amparar suas ideologias. Pavimentada a estrada para o morticínio de nossas crianças, o caminho está livre para a ação autônoma do Executivo, através de regulamentações e normas técnicas, e ao Judiciário, através do ativismo de magistrados inescrupulosos. Estamos diante de uma armadilha clara para implantar a legalização do abortamento às ocultas, à revelia da mídia e da própria população brasileira.
O poder de sancionar ou vetar a lei está nas mãos da presidente da república, a senhora Dilma Rousseff, a mesma que, nas eleições de 2010, se comprometeu com líderes cristãos a não descriminalizar o aborto no Brasil. Mas também está diante de nós a iniciativa de agir, a fim de impedir que este texto vergonhoso se torne parte de nosso ordenamento jurídico. Contatemos os órgãos do Poder Executivo e os seus Ministérios, e lembremos nossos governantes que a população brasileira, que eles um dia disseram representar, não se vê representada nos interesses espúrios e desumanos das grandes Organizações Internacionais e de sua agenda de morte. Manifestemo-nos por um fato realmente importante, a dignidade da vida humana, o futuro dos nossos filhos e de nossa nação.
E não nos enganemos com o aspecto aparentemente democrático com que são votadas e aprovadas estas arbitrariedades. Lembrava o bem-aventurado João Paulo II, em sua Evangelium Vitae: "Tudo parece acontecer no mais firme respeito da legalidade, pelo menos quando as leis, que permitem o aborto e a eutanásia, são votadas segundo as chamadas regras democráticas. Na verdade, porém, estamos perante uma mera e trágica aparência de legalidade, e o ideal democrático, que é verdadeiramente tal apenas quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana, é atraiçoado nas suas próprias bases (...). Reivindicar o direito ao aborto, ao infanticídio, à eutanásia, e reconhecê-lo legalmente, equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade".

*Fonte: padrepauloricardo.org

24 de abril de 2013


'Não quero continuar sendo escravo da 



droga', diz Casagrande


Na semana passada, o ex-jogador lançou um livro contando a sua história.

A semana foi marcada por um ilustre e querido personagem: Walter Casagrande Júnior, também conhecido como Casão,  ex-jogador  e comentarista de futebol da Rede Globo.
Na última terça-feira (9), Casagrande lançou um livro contando a sua história. Uma história muito dura mas com final feliz.
Num depoimento honesto e revelador, Casagrande conta ao Fantástico como desceu até o fundo do poço das drogas.  E como foi que voltou, para contar essa história.
“O túnel do dependente químico é longo, muito longo e escuro. Mas tem uma luz lá no fundo do túnel, lá tem uma luz. É que você não vê, você não consegue enxergar a luz, porque você está tão envolvido com a droga e você precisa de uma chacoalhada pra acreditar que tem uma luz, aí você começa a ver e você vai ao encontro dela. Por que que eu ia guardar esse segredo pra mim, meu?
O relato é de um homem famoso que usou drogas e preferiu não se calar. Nessa entrevista ao Fantástico, Casagrande respondeu a todas às perguntas.
“Por eu ter sido atleta e de ponta, treinava muito, ter uma resistência física muito boa, era difícil me dar pane, era difícil alguma droga me tirar do controle, do uso, do efeito dela. Eu sempre achava que eu podia um pouquinho mais. Medicamentos com álcool, junto com cocaína, junto com droga injetável, fazia essas misturas constantemente”.
Walter Casagrande Júnior completa 50 anos amanhã e tem muito pra contar. O comentarista de futebol se expôs publicamente, na biografia lançada esta semana: "Casagrande e seus demônios".

"Eu tinha visões horríveis, tudo parecia muito real, via demônios pelo apartamento inteiro. Eram maiores do que eu, com dois ou três metros de altura. Isso durou um mês, sei lá, um mês e meio,
eu entrei em surto psicótico pelo uso exagerado de drogas e privação de sono".
“Eram sensações mesmo, sensações, ver vultos ou olhar pro sofá da sala e ver o sofá num formato que tinha que ter um formato ali, alguma coisa tava sentado ali, sabe. A parte que você senta afundada, marcas no braço do sofá”.
O livro fala das overdoses de Casão, como ele é conhecido. Em uma das vezes que passou mal, um dos três filhos estava em casa. Os dois se preparavam pra jantar fora, quando Casagrande usou cocaína e heroína.
“Eu ia usar e eu não ia poder sair com ele, não ia dá pra sair com ele, foi droga injetável, não ia dá, ele ia sair do banheiro e eu ia ta completamente transtornado, ia falar pra ele: ‘mano, não vou jantar mais’”.
"Botei tudo de uma vez, rapidamente, pois o Leonardo estava em casa e podia aparecer a qualquer momento. Houve uma explosão no meu peito. Explodiu mesmo: buumm. Saí cerca de um metro do solo , bati contra a parede e caí no chão"
“Uma das piores situações que eu passei do envolvimento meu com a droga foi desse dia”, conta Casagrande.
Um acidente de carro no dia 22 de setembro de 2007, um sábado, obrigou Casagrande a parar com as drogas.
“Eu adormeci numa descida e o meu pé caiu do acelerador, eu acelerei, capotei com o carro, quando eu acordei eu estava no Hospital Einstein, a primeira vez, quando eu acordei a segunda vez eu tava internado na clinica. Foi a virada aí da historia. E qual é a conclusão que eu chego disso daí? Era o seguinte: aquele sábado era o limite. Alguma coisa tinha que acontecer”, conta. 
A internação numa clínica de recuperação para dependentes químicos aconteceu sem que ele soubesse. A autorização foi assinada pelo filho mais velho dele, seguindo o aconselhamento dos médicos.
“Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida e o melhor que poderia ter acontecido naquele momento”, admite.
Repórter: Você tentou até que meio um jeito de sair de lá.
“É, não foi acreditar, foi não aceitar. Eu não aceitava estar lá, não aceitava que eu era doente, meu pensamento era ainda aquele de um dependente químico em atividade - ah, amanhã eu paro, eu paro quando eu quiser, não preciso estar internado aqui, se eu não quiser usar amanhã eu não uso - que é uma bobagem, mentira, você está dominado pela droga, é tudo justificativa de um dependente químico”, diz.
"De fato, eu entrei no tratamento, fiz tudo direitinho, comecei a acreditar nos psicólogos e naquilo que eles falavam pra mim", diz um trecho do livro.
Ele teve de esperar oito meses pra receber a primeira visita da família - os três filhos.
“Foi engraçado ver o jeitão deles assim, são três caras, um mais fechadão, um pouco mais agressivo comigo, o outro bem paizão. Filho, mas com comportamento de paizão, compreensivo  e tal. Foi legal”, diz.
Depois de um ano, Casão voltou à vida do lado de fora da clínica.
“O meu suporte atrás foi o trabalho, eu não tenho dúvida disso. A família ajudou? Ajudou! Tive o apoio dos lados da família. Quando eu caia para um lado tinha os meus pais, quando eu caía pro outro lado, tinha os meus filhos, os amigos, mas as minhas costas tava apoiada na TV Globo”, afirma.
O livro também relembra os bons momentos do ex-atacante, que já jogou no São Paulo, no Flamengo, em times da Europa. A estreia como profissional no Corinthians em 82 foi um sucesso. Ele fez quatro, dos cinco gols do time.
  
“Tudo que eu fiz naquele jogo, deu certo. Tudo, sabe, tudo. Era uma coisa tão absurda que chegou uma hora no segundo tempo, eu já tinha feito os 4 gols eu olhava para o time do Corinthians assim, eu comecei a ficar constrangido”, lembra.
No futebol, Casão encontrou um grande companheiro: o doutor Sócrates. "Sem dúvida foi meu maior parceiro no futebol. Quando eu era juvenil no Corinthians, eu o tinha como ídolo e costumava ficar ao lado do campo para vê-lo nos treinamentos do time profissional", lembra em outro trecho do livro.
“Nós tínhamos mesmo um complemento muito forte, o meu jeito de jogar, o meu modo de pensar, futebolisticamente falando, completava o modo dele e era um gênio do futebol, um cara genial que fazia coisas fantásticas que você menos esperava”, afirma Casagrande.
O amigo Sócrates morreu em dezembro de 2011. O álcool levou o ex-jogador à morte. Casagrande conseguiu se despedir dele do jeito que queria.
“Eu tive a intuição e veio a vontade de olhar pros olhos dele e dizer: ‘Magrão, eu te amo cara. Você foi um dos caras mais fantásticos que eu conheci’. E saber isso aí me alivia. Não é uma coisa que é simples de falar, não é uma coisa que é simples de ouvir, não é uma coisa que é simples de lembrar, porque eu gostaria muito de lembrar disso que eu estou te falando e sair daqui e tomar uma cerveja com o Magrão e dizer assim: o Magrão, eu te amo ainda, entendeu. E eu não posso mais”.
Hoje Casagrande conta com a ajuda de três psicólogas e uma psiquiatra.
“Minha vida mudou muito. E não é que ela mudou por obrigação; mudou porque ela mudou mesmo, no jeito. Hoje eu vivo bem sozinho, entendeu? Antes eu não suportava o meu jeito, então eu saia muito, eu tava muito na rua, eu tava, eu usava ate droga para dar uma congelada no emocional mesmo, conseguir me suportar e tal”.

Eu quero viver como eu vivo hoje. Eu só não quero continuar sendo escravo da droga.

Fantástico: Você não leu o seu livro ainda?
Casagrande: Não, ainda não li. 
Fantástico: Por quê?
Casagrande: Não li porque não me dá coragem ainda de algumas histórias. Eu quero pegar e ler, do início ao fim. Eu não quero pegar os capítulos. Eu podia muito bem ler os capítulos leves, ouvir as brincadeiras que eu fazia com os meus amigos na minha adolescência, ver as brincadeiras que eu fazia com o Paulo Roberto que jogava comigo no Corinthians, Paulo Roberto jogava no Grêmio, enfim, eu podia fazer isso, mas é, eu estou curioso também pra ver, para ler as partes ruins da minha vida. Eu ainda não tenho coragem.