PT E PSB têm mais prefeituras e eleitores; PMDB recua
No balanço final da eleição de
2012, o PT e o PSB foram os partidos que mais ampliaram o número de prefeituras
conquistadas e o contingente de eleitores a governar em relação a 2008. O PSD,
em sua primeira disputa, obteve um lugar entre os maiores partidos, mas terá
pouca influência nas cidades grandes.
O PMDB encolheu tanto em número
de prefeituras quanto de eleitores. O PSDB elegeu menos prefeitos, mas
praticamente manteve sua fatia do eleitorado. E o DEM manteve sua tendência de
definhamento.
Principal vencedor da eleição, o
PT conquistou prefeituras que, somadas, concentram 20% do eleitorado. Em 2008,
as cidades petistas abrigavam 17% dos eleitores do País. Sem o triunfo em São
Paulo, o partido teria até recuado no quesito eleitorado governado - sozinha, a
capital paulista abriga pouco mais de 6% dos brasileiros com direito a voto.
Primeiros colocados no ranking do
eleitorado, os petistas ficaram em terceiro no número de prefeitos eleitos, com
635. O fato revela que o PT ainda tem dificuldades para conquistar as pequenas
cidades, seara na qual o PMDB é a legenda mais forte.
O PT elegeu quatro prefeitos de
capitais neste ano, menos do que em 2008 (seis) e 2004 (nove), mas ampliou seu
espaço no conjunto dos 83 municípios com mais de 200 mil eleitores, o chamado
clube do 2.º turno. Nesse grupo, os petistas vão governar 30% do eleitorado -
porcentual acima de sua média nacional.
Não se pode dizer que o PMDB teve
um resultado ruim nesta eleição - afinal, manteve o primeiro lugar no ranking
dos prefeitos eleitos, com 1.025, e só ficou atrás do PT no do eleitorado a
governar (17%). Mas o partido se saiu pior do que há quatro anos.
O principal recuo dos
peemedebistas ocorreu no clube do 2.º turno. Em 2008, no grupo das cidades com
mais de 200 mil eleitores, a legenda venceu em municípios que abrigavam 26% do
eleitorado nacional. Agora, sua participação vai cair para 14%.
Destaque no 1.º turno, com a
conquista de duas capitais de grande peso político - Belo Horizonte e Recife -,
o PSB chega ao final da disputa com saldo positivo sob todos os aspectos,
principalmente no número de eleitores a governar.
O partido presidido pelo
governador de Pernambuco, Eduardo Campos - já citado como possível candidato a
presidente em 2014 -, deve governar cerca de 11% do eleitorado a partir da
posse dos novos prefeitos, em 2013. É um salto em relação ao porcentual obtido
em 2008: 6%. Em número de prefeitos, o PSB avançou de 310 para 440.
Em termos comparativos, o DEM
terá neste ano o pior desempenho de sua história. Vai eleger prefeitos que
comandarão 5% do eleitorado, menos da metade que obteve há quatro anos. Mas
2008 foi um ano atípico para o DEM - o partido conquistou na época a capital
paulista, com a reeleição de Gilberto Kassab.
O mesmo Kassab desestruturou as
bases municipais do DEM ao criar o PSD, no ano passado, e atrair centenas de
políticos de seu antigo partido. A nova legenda elegeu 278 prefeitos e
governará 6% do eleitorado. No grupo das 83 maiores cidades, porém, sua
influência será menor: governará apenas 3% dos eleitores. As informações são
do jornal O Estado de S. Paulo
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